O Meu Fado, é de dor, dor que dilacera a minha alma, feito verme que fecunda na nossa alma, corroendo tudo o que puder em nós, feito um verme asqueroso e feio.
É o devorador de sonhos que nos rouba de nós mesmos a ilusão dos nossos sonhos, nos aprisionando num labirinto sem que possamos ver uma saída positiva, verme devorador, que morde, sangra, rasga e minha, a nossa alma.
Meu Fado é de choro, verme que não larga a minha alma, faz com que desfaleça dia após dia, sem que possa ter a ilusão por um dia diferente, um dia melhor, um dia de calmaria, como se não o merecesse, depois, depois nem me resta o perfume das flores, nos ares da minha solidão, existe uma flor que se encerra, no Celeste orvalho e perfume.
Fado meu, grito de desespero de quem espera mais da vida, tal como as folhas da flor, que leva-as o vento, assim morre a esperança de eu ultrapassar o morro, verme maldito que anda a espreitar meus olhos para roê-los.
Fado, verme feio, feito um punhal cravado no coração, que sangra sem puder ser removido, coração que sangra lentamente, drenando nas tristezas internas, num delíquio de ventura louca, para aonde se vai a minh'alma?, num doce tilintar de prata?, numa vibração cristalina?, meu coração quebrado nos desejos dos dias quentes e florais de primavera.
Fadando sem dor, sem explicação, verme maldito que se aloja na nossa alma e no nosso coração, verme que se enraíza na nossa alma e coração, como, o veneno que mata lentamente, sem deixar vestigios, Apelando então a nossa fé em Deus, em Deus a nossa alma pode encontrar, calma, satisfação e solução, para o verme maldito, tal como a planta floresce e deixa o seu perfume, assim o nosso coração e alma pode florescer a cada novo dia.
Fadizendo, na última fronteira entre a luz e a eterna escuridão, nas nossa eternas tristezas , aonde nas trevas, os vermes nos engolem, deliciando-se com as nossas tristezas, mas acreditemos que a Luz estará sempre presente nos nossos dias, mesmo quando passamos pelo tunel escuro, há sempre uma luz ainda que divina, aonde possamos enxergar a nossa beleza d'alma por mais complicada que a situação possa estar ou aparentar.
"Fadoso" Verme inimigo silencioso que astutamente, nos manipula a alma se apodera das nossas vontades, não sei quantas almas tenho, nunca me vi ou achei mais que os outros, de tanto ser só eu, só tenho uma alma, quem tem alma não tem calma, não faço ideia em que momento mudei, em que momento o verme se apoderou de mim, mas há que lutar, chamar quem nos rodeia, mesmo que se encontrem na mesma situação, porque nunca estaremos sozinhos, por mais que nos possa aparentar, há sempre uma voz amiga, mesmo que seja no desconhecido.
"Fadesgosto" sofrer da alma acorrentada numa prisão sem grades, em que cada sonho, ou desejo meu, é aquele que nasce e que nem sempre é o meu, eu sou a minha própria paisagem, assitindo calmamente à minha paisagem, este verme delicia-se vendo passar-me, sem sentir-me aonde estou, diverso, móbil, com tanta gente mas sempre só, nem sei sentir-me aonde estou, mesmo na multidão estou só...
Como é bom agurar por um bom dia, pensar que tudo irá melhorar, que o desfado, se desfazerá.
Aspirando por uma Aurora ideal, para que cheguem os meus dias risonhos, haverá sempre um raio de sol para me iluminar e me revelar qual o caminho a seguir. Não estamos sós